Será Que Estamos Realmente Surpreendendo a Vida ou Repetindo os Mesmos Padrões Todos os Dias?
Todos nós já ouvimos isso: “Se Deus quiser!” Mas será que paramos para refletir sobre o que realmente significa isso?Deus não quer nada. O que Deus poderia querer de nós? Essa é uma pergunta que ecoa em nossos pensamentos e que nos leva a olhar para além das respostas óbvias.
Talvez, Deus queira, a cada milésimo de segundo, ser surpreendido. E é aí que surge a grande questão: nós estamos fazendo isso? Estamos surpreendendo a vida, a nós mesmos e, quem sabe, até a própria existência?
Um Ciclo de Repetição ou Criação?
Se pararmos para pensar, quantos dias, meses, anos e décadas passamos sob o efeito dos mesmos pensamentos, emoções, sentimentos e ações? Acordamos, repetimos nossa rotina, nos apegamos a crenças antigas e, quando algo dá errado, recorremos à frase “Se Deus quiser”. Mas será que estamos realmente criando algo novo ou apenas nos deixando levar por padrões que limitam nossa capacidade de surpreender e ser surpreendidos?
Deus, o universo, a vida — como preferir chamar —, nos deu a capacidade de criar, inovar, amar e viver experiências que vão além do conhecido. No entanto, a repetição de padrões nos aprisiona e nos impede de ver que somos mais do que o esperado – somos potenciais infinitos de transformação e movimento.
O que Deus quer de nós é, na verdade, que vivamos a experiência da nossa própria criação de forma plena e verdadeira.
Qual Deus Estamos Falando ao perguntar o que Deus quer de Nós?
Antes de continuarmos, é importante esclarecer: quando falamos de Deus, não nos referimos a uma figura presa em templos, instituições ou dogmas. O Deus que mencionamos aqui não está limitado a nenhum estereótipo criado pelo homem, tampouco pertence a qualquer facção, lado ou forma que nossa dualidade possa conceber.
Esse Deus, o Criador, é incalculavelmente maior e mais profundo do que qualquer definição que possamos alcançar. Ele transcende a dualidade na qual estamos imersos e se encontra em tudo, e ao mesmo tempo em lugar algum específico. Não se trata de um Deus que se limita a estar em um determinado espaço físico ou a ser encontrado somente em momentos de tribulação.
Pensar em Deus como uma entidade externa, separada de nós, é um equívoco que alimenta a ilusão de que Ele só pode ser acessado por intermédio de um local ou prática específica. Deus é a própria vida que nos convida a explorar nossa essência, a ser surpreendidos pelo inesperado e a nos tornarmos algo novo a cada momento.
Por isso, não busque Deus fora de você ou em lugares pré-definidos. Ele está na forma como vivemos, sentimos e nos expressamos, esperando ser surpreendido por meio das escolhas que fazemos e da maneira como nos reinventamos.
A Vida Que Supera a Dualidade
Enquanto vivemos numa realidade de opostos — bem e mal, luz e sombra, certo e errado —, Deus vai além dessa dualidade. Ele nos convida a um estado de consciência onde não precisamos escolher lados, pois somos capazes de ser e manifestar tudo que realmente somos.
Ao invés de buscar fora, que possamos nos conectar com essa essência, que transcende qualquer tipo de polaridade e nos conecta diretamente ao que é genuíno e autêntico. A verdadeira essência de Deus não está nas disputas, divisões ou no apego ao que é conhecido. Ela se revela em nossa capacidade de transcender as limitações que impomos a nós mesmos e surpreender a vida com nossa autenticidade e coragem de sermos quem realmente somos.
O Convite de Deus: Ser Algo Novo
Refletir sobre o que Deus quer de nós é, na verdade, refletir sobre o que nós queremos de nós mesmos. Porque o que Deus deseja é que vivamos a experiência de nossa própria criação de forma plena e verdadeira. E isso só é possível quando saímos do ciclo das repetições e nos permitimos pensar, sentir e agir de maneiras que nunca experimentamos antes.
O convite aqui não é para romper apenas com padrões externos, mas também com nossas próprias limitações internas. A verdadeira surpresa é quando ousamos ser diferentes de quem fomos ontem. Deus não quer nada de nós. Mas a vida, ela nos convida a todo momento a sermos algo que nunca fomos.
Moral da História: Surpreenda a Vida!
Surpreenda a si mesmo e a vida. Inove no pensar, sinta o novo e se permita agir fora do comum. Só assim a vida se revelará como a experiência vibrante e transformadora que realmente é.
Comentarios